Academia Psicológica
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
“A MÁSCARA, O MEU ESPELHO’’
*Custódio Sumbane
Há quem escolhe um
namorado pelos vestes, ignorando os esfarrapados e esfomeados, os ricos por
dentro. Há quem ignora os pobres pensando que a sua vida se resume em fracasso
eterno. Há quem julga os outros pela máscara (aparência) pensando que o seu
mundo se deduz no agora. Choram as que deixaram aquele homem pobre e
esfarrapado, mendigo e catador de lixo, sem casa e nem comida, humilhado e
apedrejado, mas que se tornou modelo de si e do mundo. Choram mulheres que lhe
consideraram pobre coitado, mas que tinha um sonho invisível, para muitos, mas
que abrandava nas zonas longínquas da sua alma.
O homem nunca sonha no
aqui e no agora, às vezes acontece, por mais que esteja em situações
extremamente difíceis da vida; por mais que seja o mais pobre da comunidade;
por mais que seja abandonado, humilhado, apedrejado e mal visto, mendigando ou
mesmo em estado de tolice. Há sempre uma esperança, no meio das trevas, em um
dia reeditar o maior livro da sua vida, a sua história. A título de exemplo Cícero,
o ex-catador de lixo no brasil, se tornou em médico após ser mestre da rua e do
sofrimento. Este é um exemplo de superação.
As pessoas geralmente
consideram e valorizam aqueles que tem carro de marca, mas vivendo de
aparências, casa melhorada, mas fruto de trabalho ilícito, relógio luxuoso, mas
roubado, e vida de branco, mas escravos de si mesmos e maiores infelizes do
planeta. Diante disso, há quem diz que se trata de esperteza, inteligência e
sabedoria.
Mas a inteligência e sabedoria humana reside no facto de fazer
escolhas certas, brilhantes e comoventes. E a sabedoria em fazer uma
introspecção (autoanálise ou avaliação) de si e do mundo, e escolhas acertadas
independentemente da condição sociocultural, histórica e financeira da pessoa.
O inteligente convive com pessoas da sua classe social e, o sábio lida com
todos sem descriminação da idade, raça ou nível de escolaridade. Enquanto o
inteligente pensa de forma inteligente e fala inteligentemente soltando
vocábulos de difícil compreensão, o sábio pensa como uma pessoa sábia e fala
como uma pessoa simples.
Portanto, deve ser
dito de forma categórica que, o homem é imensurável e imprevisível. Nunca se
deve julgar o livro pela capa; a pessoa pela aparência; a quantidade da água
pelo formato do recipiente; a resistência do edifício pela sua robustez; a
bondade pelo riso; a riqueza pelo carro de marca ou luxuoso, etc. O homem é
mais que uma simples aparência, e vale muito além daquilo que nós pensamos e
imaginamos. Ele é a verdadeira máquina capaz de mudar a sua direcção de vida,
de mendigo para médico, de menino de rua para presidente de uma nação.
Valorizar o outro sem se interessar da sua condição é a maior riqueza que um
homem pode ter.
*Psicólogo
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
O Caminho da Felicidade
*Custódio Sumbane & Salvador Cumbula
São pequenas coisas
que nos podem guiar à felicidade, quais sejam: um bom dia, um abraço, um
oláamigo, um beijinho na bochecha, um riso dos seus filhos ou irmãos, pétalas
oferecidas pela amiga(o) ou namorada (a), esposa (o) ou filha (o).
O dinheiro compra
carro, mobiliários luxuosos, relogios de marca, mas não compra a felicidade.
Embora seja necessario, mas nao é suficiente para trazer uma felicidade
longiqua. Há pessoas pobres mas felizes e ricos masescravos de si próprios. A
felicidade reside no amor e no bem estar para consigo mesmo. E, 1corintios
13:3, estabelece que "e ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria".E o amor, no mesmo menino dos1corintios 13:4, "é
sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece".
A felicidade
busca-se em pequenas coisas, e não em grandes como muitas pessoas pensam.
Muitas vezes deszalorizamos o brilho das crianças, das plantas, dos animais
domésticos, das flores, do olhar apaixonado. Tiramos dos nossos planos,
passeios, jogos de pedrinhas, zotho, piadinhas, jogos de cabra-cega, video
games, contos e nos limitamos em coisas tais como, trabalho árduo, lideranca, e
nos esquecemos de estabelecer o vínculo entre o corpo, a mente e a alma.
Contudo, a
depressão, ansiedade, frustraçãoganhamais espaço nas pessoas que procuram
grandes coisas paraserem felizes, e acabam se tornando viciados. As coisas, consideradas pequenas, para eles,
não atingem o limiar de sensibilidade para o desencadeamento da felicidade.
Os infelizes,
geralmente, se escondem em bebidices, para se aliviar da ferida emocional.
Outros consomem drogas (crack, canabis sativa, haxixe, cocaina) como forma de
refugiar-se do peso da auto-escravidão.
O homem deve
valorizar e aproveitar os belos momentos da vida como se fossem os únicos (no
bom sentido). Em verdade, o caminho da felicidade depende de si. Temos
problemas, mas não podemos ficar reféns atéao ponto de nos sentirmos limitados
de projectar novos desafios em nossas vidas.
As dificuldades da
vida não devem ser motivos de infelicidade. São tantos que passaram por vários
problemas em suas vidas,quer sejam financeiro, sociais, emocionais ou
psicológicos, mas jamais desitiramdos seus sonhos, isto é, continuaram
batalhando arduamente rumo à felicidade. Sempre activaram e adoptaram truques
para contornar as barreiras em vitórias. Alias, tal como Jó que dentre toda
perda e queda que passou em sua vida, nunca perdeu a fé. Vide o livro de Jó!
Daí que o objectivo
fulcral deste texto é de exortar a todospara que não usem os seus corações como
armazém de preocupações. Mas que saibam que a ¬única função fundamental do
coração é de bombear o sanguepara todo corpo e não guardar mágoas. Saibam manter
a calma!
Nunca desistam de
percorrer o caminho da felicidade, pois as dificuldades fazem parte da vida.
Daí quedevem abster-se de tudo quanto é negativo e pautar pelo positivismoou
optimísmo, ou melhor, contornar barreiras em vitórias e, acima de tudo, invocando
a Deus em todos os momentos de suas vidas, dado que ele é o caminho, a verdade
e a vida.
Mas, buscai
primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas (Mateus 6:33).
*Psicólogo & Estudante de Direito
O Amor de Mãe
Custódio Sumbane
O amor de mãe não
descrimina e nem olha para as atitudes dos filhos. Ama a todos, os filhos, sem
descriminação. Cria condições para que os filhos crescam condignamente e sem,
no entanto, apresentar quaisquer transtornos. Mesmo em situações difíceis, revoluciona
a história da vidaabrindo as janelas da mente para resgatar o sentido
existencial consumado pelas ondas do mar. Na seca, perde dias e noites
sacrificando de tal maneira que garantao pão de cada dia dos menores.
Enquanto percorre
longas distâncias em busca de gotas de água para os inocentes, os raios do sol
inscidem sobre ocorpo amortecendo milhões de células do seu organismo.Ela é
susceptivel a váriasatrocidades eapesar das incontáveis frustrações e
sofrimento, nunca desiste dos seus sonhos.
E em alguns casos,
é vista, pelos próprios filhos, como feiticeira.Entretanto, a falta de noção do
sentido da vida faz com que os adolescentes e jovens não se apercebam do perigo
que correm visto que procuram nos outros algo escondido dentro deles, a
feitiçaria. E esta, é a mais perigosa de todos os tempos dado que lhes torna
frustrados, rebelde, agressivo, anti-sociais, deprimidos e mendigos.
O feiticeiro
interior é gerado pelos pensamentos negativos e escapadurante o processo da
selecção de ideias construtivas. Esses pensamentos geram sentimentos de fúria, rancor, ódio, ira e,
consequentemente, atitudes macabros que os jovens tem vindo a, actualmente,
demonstrar.
Vós jovens, alguns,
sois daqueles que quando se tornam enginheiros, médicos, esquecemdo esforço exercido
pelos pais. Quando se casam, esquecem por completo do amor de mãe que lhe foi
concedido desde a tenra idade.
Gostava de levantar
uma questão em tornodisto: Porque razão a suamãe tirar-lhe-ia a vida
jácrescido, dado que não o fez ainda na primeira infancia?Deixo esta questão em
aberto para reflexao.E quero terminar dizendo que, no geral, uma mãe é
insubstituível. Cuide delacomo se fossea sua alma gêmea. E nunca se esqueca que
por detrás de um filho, existe uma mãe de ouro.
O amor, no livro
dos 1corintios 13:4, "é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor
não trata com leviandade, não se ensoberbece". Portanto, o amor de mãe é
puro, verdadeiro e incomparável.
*
Psicólogo
domingo, 23 de outubro de 2016
Influência da Ansiedade no Rendimento Académico
*Custódio
Sumbane
Esta pesquisa foi realizada com vista
a dar resposta aos altos índices de reprovações que se tem vindo a observar nas
escolas, principalmente, nas classes terminais. Se os resultados desta pesquisa
forem aproveitados, da melhor maneira, podem responder as preocupações do
Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano no que concerne à situações
desastrosas que assolam as Escolas nos tempos que correm. Constatamos que
existem vários factores que influênciam a prevalência de altos índices de
reprovações nas classes terminais, mas a ansiedade é um dos factores
determinantes nesse processo. Ansiedade é vista como uma emoção caracterizada
por sentimentos de antecipação de perigo, tensão, e sofrimento e por tendências
de esquiva ou fuga. E face a Matemática é uma condição caracterizada por
padrões de fuga e esquiva em situações que exigem o uso da matemática, bem como
reacções fisiológicas desagradáveis, atribuições negativas à matemática e
auto-atribuições negativas.
Nesse estudo, foram levantados os
seguintes objectivos de pesquisa: Objectivo geral: (i) Compreender a influência que a Ansiedade exerce no Rendimento
Académico dos alunos na disciplina de Matemática. E para a operacionalização
deste objectivo, definiu-se os seguintes objectivos específicos: (i)
Descrever as condições prévias da ansiedade; (ii) Descrever o rendimento académico dos alunos; (iii) Relacionar o nível de ansiedade e
o rendimento académico.
Quanto
a metodologia usada neste estudo, foi uma pesquisa quantitativa que visa,
essencialmente, traduzir em números as opiniões e
informações para serem classificadas e analisadas, e utilizam-se técnicas
estatísticas. E a pesquisa qualitativa, descreve as informações obtidas que não
podem ser quantificáveis.
Em relação a apresentação, análise e interpretação de dados, recorreu-se a um
programa estatístico, SPSS.
Contudo,
este estudo é de extrema importância, pois vai, de certa forma, melhorar a
situação actual da Educação e das reprovaçõees na displina de Matemática, visto
que, tem se observado um surto de reprovações em massa nas escolas, principalmente,
nas classes terminais como a 10ª classe.
Palavras-chave:
Ansiedade, Aprendizagem, Rendimento Académico, Matemática
·
A
Ansiedade nas Sociedades Académicas Actuais
Ansiedade
é uma emoção caracterizada por sentimentos de antecipação de perigo, tensão e
sofrimento e por tendências de esquiva ou fuga. O medo poderia ser definido da
mesma forma. Para distinguir os dois, precisamos observar outras
potencialidades tais como o objecto de estudo. Enquanto na ansiedade as pessoas
podem sentir-se ansiosas sem saber por quê, no medo o objecto é de fácil
identificação, Davidoff, (2001: 390).
Segundo
Davidoff, (2001:401), a ansiedade sinterfere no rendimento do aluno,
principalmente na fase da realização das provas dificultando a capacidade de
recuperação da informação aprendida. Isso ocorre porque a sua atenção está
virada entre as exigências da tarefa e sentimentos de cobrança, diminuindo o
nível de concentração e o desempenho em situações de avaliação. As reacções
automáticas ou fisiológicas evocadas pela pressão ambiental ou estresse da
avaliação e à percepção destas reacções que tomam conta dos alunos. Estas
reacções para Cury, (2000:22), envolvem também sintomas psicossomáticos como
taquicardia, suor excessivo, aumento da frequência respiratória.
· Relação da Ansiedade e Aprendizagem
A
ansiedade tem efeitos de longo prazo sobre o processo de ensino e aprendizagem
e no equilíbrio físico, psicológico e social. E das várias consequências, a
cognitiva é uma delas (Davidoff, 2001: 401). Geralmente, um estudante com
ansiedade face a Matemática tem dificuldades em se concentrar e resolver
exercícios Matemáticos em casa e pode se mostrar agressivo ao ser colocado alguma
questão relacionada com a Matemática. E nestas condições, o aluno ou estudante
pode apresentar taquicardia ao realizar exames Matemáticos (Carmo, 2011),
citado por (Carmo e Simiato, 2012:318).
Estudos
têm demonstrado que a ansiedade face aos testes tem efeitos extremamente fortes
e os alunos com altos níveis de ansiedade perante os testes têm apresentado
resultados demasiadamente baixos (Magalhães, 1999: 101). As reacções
fisiológicas que se apresentam nessas ocasiões impedem o bom desempenho e a
resolução de tarefas matemáticas, prejudicando nas tarefas que envolvem a
ansiedade e as que poderão ser realizadas subsequentemente como testes, exames
ou outras situações diárias.
· Relação da Ansiedade e o Rendimento Académico
Na
perspectiva de Davidoff, (2001: 401), a
ansiedade sinterfere no rendimento académico dos alunos, principalmente na fase
da realização das provas dificultando a capacidade da recuperação da informação
aprendida. Isso ocorre porque a sua atenção está virada entre as exigências da
tarefa e sentimentos de cobrança, diminuindo o nível de concentração e o
desempenho em situações de avaliação. As reacções automáticas ou fisiológicas
evocadas pela pressão ambiental ou estresse da avaliação e à percepção destas reacções
tomam conta dos alunos.
Neste
sentido, a ansiedade face aos testes constitui uma enorme preocupação para toda a comunidade educativa, porque os
estudantes, quando são submetidos a uma avaliação,
tendem a reagir com altos níveis da ansiedade, comprometendo o seu desempenho académico (Bzuneck &
Silva, 1989), citado por (Janeiro, 2013: 84).
Por
sua vez, Lourenço (2012:161), defende a possibilidade de que, ambientes de
avaliação de exames constituem, na maioria dos casos, um problema na vida dos
estudantes na medida em que afecta o seu desempenho e tem consequências na sua
vida pessoal e social. Os indivíduos que apresentam uma ansiedade elevada nos
exames tendem a perceber as situações de avaliação como perigosas e consequentemente,
enfrentam estas com medo e apreensão.
· A Ansiedade e a Linguagem Matemática
Na
perspectiva de Carmo, (2008), et al., citado por Carmo e Simiato, (2012:4),
existe vários factores que influenciam no desencadeamento da ansiedade em
relação à matemática, mas a forma como esta disciplina é leccionada influencia,
consideravelmente, no surgimento da ansiedade. Os professores explicam a
matéria superficialmente e não estimulam os alunos ao espírito de debate sobre
a disciplina de Matemática muito menos mostram a sua relevância na prática
diária. Eles reforçam respostas dadas com exactidão, sem considerar o
raciocínio desenvolvido pelo aluno, cobram demais aos alunos ou exigem a
rapidez na resolução dos exercícios e na memorização de regras para esse fim.
Factores que Influenciam o Surgimento
da Ansiedade face a Matemática
Existem
vários factores que influenciam, a estória da matemática, o ambiente da aula de
aula, a atitude do professor, a motivação,
exigências exacerbadas, exigência de respostas exactas, experiências e
aprendizagens anteriores, medo entre outros, mas a ansiedade é um componente determinante
nesse processo.
Constatações do Estudo
·
Os alunos assumem que o nervosismo, a
tensão, o medo, a preocupação aumentam, de certa forma, a prevalência de altos
índices de ansiedade no teste de Matemática. E grande parte de alunos assume
que desconfiam de si próprios, das suas próprias capacidades e habilidades. Costumam pensar se as respostas que deram no
teste foram as melhores e estes pensamentos perseguem-lhes durante algum tempo.
·
A ansiedade toma conta dos alunos antes
e durante o processo da realização do teste de Matemática, o que dificulta o
processo da recuperação de informação na memória. Esse posicionamento corrobora
com o modelo de processamento de informação quando defende a possibilidade de que
para se lembrarem de qualquer coisa, as pessoas precisam codificar, armazenar e
recuperar a informação (Davidoff, 2001: 401). E a ansiedade altera a
codificação e a recuperação de informação na memória.
·
Grande parte dos alunos, às vezes, fica
perseguida com pensamentos negativos, e preocupados com a sua situação
académica. Em detrimento disso, outra parte alega que sempre fica preocupada
com o que pode acontecer com o seu rendimento académico e desconfiam das suas potencialidades.
E segundo Janeiro (2013: 85), pode-se afirmar que, quanto mais negativa for a
percepção que os alunos têm acerca de si próprios, mais elevados serão os
níveis de ansiedade.
·
Existe
uma relação dialéctica entre a ansiedade e a Matemática, visto que o rendimento
académico dos alunos foi baixo, o que ilustrou, claramente, a prevalência de
níveis de ansiedade. E frequentemente apresentam-se ansiosos antes e/ou durante
a realização do teste de Matemática.
·
A
desconfiança
que os alunos têm de si próprios, das suas próprias capacidades e habilidades,
o ambiente e os pensamentos negativos
que lhes perseguem podem influenciar no desencadeamento de níveis altos de
ansiedade e consequentemente o baixo rendimento académico. Um ambiente tenso acompanhado de
estímulos negativos e pressão por parte do professor, pode também influenciar.
·
Estes resultados corroboram com a
evidência empírica de Magalhães (1999: 101),
quando defende que a ansiedade face aos testes
têm efeitos extremamente fortes e os alunos com altos níveis de ansiedade tem
apresentado resultados demasiadamente baixos. As reacções fisiológicas que se
apresentam nessas ocasiões impedem o bom desempenho dos alunos e na resolução
de tarefas matemáticas, prejudicando nas tarefas que envolvem a ansiedade e as
que poderão ser realizadas subsequentemente como testes, exame ou outras
situações diárias.
· Sugestões
·
Quanto às estratégias de reversão de
ansiedade, os professores deviam fazer perceber aos seus educandos que a
disciplina de matemática é como qualquer outra e pode ser assimilada, da melhor
forma possível, independentemente do índice de dificuldade e, ela tem uma
extrema relevância no seu quotidiano. É preciso que se inverta a história da
Matemática, visto que as pessoas têm a ideia de que a Matemática é difícil, ou
seja, apresenta altos índices de dificuldades, tendo única fórmula e solução,
dai que os alunos entram na sala de aula com ideias fixas, negativas, e
imutáveis em relação a Matemática.
·
É necessário promover debates e
interacção efectiva e afectiva na sala de aula por forma a facilitar a
percepção de que existe vários caminhos para a materialização das operações
matemáticas. É preciso remover todos os estímulos negativos e criar um ambiente
favorável e estimulante para a ocorrência eficaz e efectiva do processo da
assimilação e acomodação dos conteúdos matemáticos. Os professores deviam
utilizar uma linguagem Matemática que equivale ao nível de desenvolvimento dos
alunos, pois pode facilitar o processo de acomodação dos conteúdos leccionados.
·
E a evidência empírica aponta que, os
professores não deviam na sala de aula: Pressionar os alunos para responder
rápida e correctamente as questões propostas sobre a matéria; estimular
competição entre colegas; aplicar muitos testes e humilhar os alunos que
apresentarem algum tipo de dúvida sobre Matemática ou demorarem a entender o
raciocínio exigido em determinado exercício Tobias (1978), citado por Carmo e Simionato, (2012:321-322). Ensinar
não é simplesmente ditar os apontamentos mas saber formar alunos e exigir de si
mesmo a presença efectiva e afectiva, pois se aprende também ouvindo, observando,
admirando, imitando, confiando, criticando, apaixonando-se, conflituando,
recriando e refazendo relações. Esse modelo é fundamental para os alunos
ansiosos (Oliveira, 2008: 33).
·
Quanto aos alunos, deviam ir a sala de
aula bem preparados e confiantes em si próprios e acima de tudo devem
auto-regular a sua aprendizagem. Durante a realização do teste deviam elevar a
sua auto-estima, auto-confiança e determinação, e manter, acima de tudo, um
relaxamento corporal sempre que resolverem exercícios matemáticos.
·
Conclusão
A ansiedade altera a codificação e
a recuperação de informação na memória. Entretanto, perante esta situação, chegamos a
conclusão de que a preocupação, o medo, o nervosismo, a
tensão e os sintomas psicossomáticos aumentam a prevalência de níveis de
ansiedade antes e durante o processo da
realização do teste de matemática e dificulta a recuperação de informação na
memória. Existem vários factores que influenciam, a estória da matemática, o
ambiente da aula de aula, a atitude do professor, a motivação, exigências exacerbadas, exigência de respostas
exactas, experiências e aprendizagens anteriores, medo entre outros, mas a ansiedade é um componente determinante
nesse processo. Sendo assim, é responsabilidade
de todos os intervenientes sociais contribuirem para a mudança desta situação. E
o psicólogo desempenha um papel demasiadamente fundamental na melhoria da
situação actual da educação dado que apresenta um olhar clínico apurado para
melhor lidar com qualquer situação académica e social evidar esforco para virar
a história educacional. Ele procura optimizar e facilitar o processo de ensino
e aprendizagem trabalhando os aspectos mentais, afecto-emocionais e sociais do
aluno que influenciam na sua vida social e académica.
*Psicólogo
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