quinta-feira, 29 de junho de 2017

“A MÁSCARA, O MEU ESPELHO’’

*Custódio Sumbane
Há quem escolhe um namorado pelos vestes, ignorando os esfarrapados e esfomeados, os ricos por dentro. Há quem ignora os pobres pensando que a sua vida se resume em fracasso eterno. Há quem julga os outros pela máscara (aparência) pensando que o seu mundo se deduz no agora. Choram as que deixaram aquele homem pobre e esfarrapado, mendigo e catador de lixo, sem casa e nem comida, humilhado e apedrejado, mas que se tornou modelo de si e do mundo. Choram mulheres que lhe consideraram pobre coitado, mas que tinha um sonho invisível, para muitos, mas que abrandava nas zonas longínquas da sua alma.

O homem nunca sonha no aqui e no agora, às vezes acontece, por mais que esteja em situações extremamente difíceis da vida; por mais que seja o mais pobre da comunidade; por mais que seja abandonado, humilhado, apedrejado e mal visto, mendigando ou mesmo em estado de tolice. Há sempre uma esperança, no meio das trevas, em um dia reeditar o maior livro da sua vida, a sua história. A título de exemplo Cícero, o ex-catador de lixo no brasil, se tornou em médico após ser mestre da rua e do sofrimento. Este é um exemplo de superação.

As pessoas geralmente consideram e valorizam aqueles que tem carro de marca, mas vivendo de aparências, casa melhorada, mas fruto de trabalho ilícito, relógio luxuoso, mas roubado, e vida de branco, mas escravos de si mesmos e maiores infelizes do planeta. Diante disso, há quem diz que se trata de esperteza, inteligência e sabedoria.

Mas a inteligência e sabedoria humana reside no facto de fazer escolhas certas, brilhantes e comoventes. E a sabedoria em fazer uma introspecção (autoanálise ou avaliação) de si e do mundo, e escolhas acertadas independentemente da condição sociocultural, histórica e financeira da pessoa. O inteligente convive com pessoas da sua classe social e, o sábio lida com todos sem descriminação da idade, raça ou nível de escolaridade. Enquanto o inteligente pensa de forma inteligente e fala inteligentemente soltando vocábulos de difícil compreensão, o sábio pensa como uma pessoa sábia e fala como uma pessoa simples.  

Portanto, deve ser dito de forma categórica que, o homem é imensurável e imprevisível. Nunca se deve julgar o livro pela capa; a pessoa pela aparência; a quantidade da água pelo formato do recipiente; a resistência do edifício pela sua robustez; a bondade pelo riso; a riqueza pelo carro de marca ou luxuoso, etc. O homem é mais que uma simples aparência, e vale muito além daquilo que nós pensamos e imaginamos. Ele é a verdadeira máquina capaz de mudar a sua direcção de vida, de mendigo para médico, de menino de rua para presidente de uma nação. Valorizar o outro sem se interessar da sua condição é a maior riqueza que um homem pode ter. 

                                                                                       *Psicólogo 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O Caminho da Felicidade



*Custódio Sumbane​ & Salvador Cumbula
São pequenas coisas que nos podem guiar à felicidade, quais sejam: um bom dia, um abraço, um oláamigo, um beijinho na bochecha, um riso dos seus filhos ou irmãos, pétalas oferecidas pela amiga(o) ou namorada (a), esposa (o) ou filha (o).
O dinheiro compra carro, mobiliários luxuosos, relogios de marca, mas não compra a felicidade. Embora seja necessario, mas nao é suficiente para trazer uma felicidade longiqua. Há pessoas pobres mas felizes e ricos masescravos de si próprios. A felicidade reside no amor e no bem estar para consigo mesmo. E, 1corintios 13:3,  estabelece que "e ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria".E o amor, no mesmo menino dos1corintios 13:4, "é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece".
A felicidade busca-se em pequenas coisas, e não em grandes como muitas pessoas pensam. Muitas vezes deszalorizamos o brilho das crianças, das plantas, dos animais domésticos, das flores, do olhar apaixonado. Tiramos dos nossos planos, passeios, jogos de pedrinhas, zotho, piadinhas, jogos de cabra-cega, video games, contos e nos limitamos em coisas tais como, trabalho árduo, lideranca, e nos esquecemos de estabelecer o vínculo entre o corpo, a mente e a alma.
Contudo, a depressão, ansiedade, frustraçãoganhamais espaço nas pessoas que procuram grandes coisas paraserem felizes, e acabam se tornando viciados.  As coisas, consideradas pequenas, para eles, não atingem o limiar de sensibilidade para o desencadeamento da felicidade.
Os infelizes, geralmente, se escondem em bebidices, para se aliviar da ferida emocional. Outros consomem drogas (crack, canabis sativa, haxixe, cocaina) como forma de refugiar-se do peso da auto-escravidão.
O homem deve valorizar e aproveitar os belos momentos da vida como se fossem os únicos (no bom sentido). Em verdade, o caminho da felicidade depende de si. Temos problemas, mas não podemos ficar reféns atéao ponto de nos sentirmos limitados de projectar novos desafios em nossas vidas.
As dificuldades da vida não devem ser motivos de infelicidade. São tantos que passaram por vários problemas em suas vidas,quer sejam financeiro, sociais, emocionais ou psicológicos, mas jamais desitiramdos seus sonhos, isto é, continuaram batalhando arduamente rumo à felicidade. Sempre activaram e adoptaram truques para contornar as barreiras em vitórias. Alias, tal como Jó que dentre toda perda e queda que passou em sua vida, nunca perdeu a fé. Vide o livro de Jó!
Daí que o objectivo fulcral deste texto é de exortar a todospara que não usem os seus corações como armazém de preocupações. Mas que saibam que a ¬única função fundamental do coração é de bombear o sanguepara todo corpo e não guardar mágoas. Saibam manter a calma!
Nunca desistam de percorrer o caminho da felicidade, pois as dificuldades fazem parte da vida. Daí quedevem abster-se de tudo quanto é negativo e pautar pelo positivismoou optimísmo, ou melhor, contornar barreiras em vitórias e, acima de tudo, invocando a Deus em todos os momentos de suas vidas, dado que ele é o caminho, a verdade e a vida.
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6:33).

*Psicólogo & Estudante de Direito

O Amor de Mãe


Custódio Sumbane
O amor de mãe não descrimina e nem olha para as atitudes dos filhos. Ama a todos, os filhos, sem descriminação. Cria condições para que os filhos crescam condignamente e sem, no entanto, apresentar quaisquer transtornos. Mesmo em situações difíceis, revoluciona a história da vidaabrindo as janelas da mente para resgatar o sentido existencial consumado pelas ondas do mar. Na seca, perde dias e noites sacrificando de tal maneira que garantao pão de cada dia dos menores.

Enquanto percorre longas distâncias em busca de gotas de água para os inocentes, os raios do sol inscidem sobre ocorpo amortecendo milhões de células do seu organismo.Ela é susceptivel a váriasatrocidades eapesar das incontáveis frustrações e sofrimento, nunca desiste dos seus sonhos.
E em alguns casos, é vista, pelos próprios filhos, como feiticeira.Entretanto, a falta de noção do sentido da vida faz com que os adolescentes e jovens não se apercebam do perigo que correm visto que procuram nos outros algo escondido dentro deles, a feitiçaria. E esta, é a mais perigosa de todos os tempos dado que lhes torna frustrados, rebelde, agressivo, anti-sociais, deprimidos e mendigos.

O feiticeiro interior é gerado pelos pensamentos negativos e escapadurante o processo da selecção de ideias construtivas. Esses pensamentos geram  sentimentos de fúria, rancor, ódio, ira e, consequentemente, atitudes macabros que os jovens tem vindo a, actualmente, demonstrar.
Vós jovens, alguns, sois daqueles que quando se tornam enginheiros, médicos, esquecemdo esforço exercido pelos pais. Quando se casam, esquecem por completo do amor de mãe que lhe foi concedido desde a tenra idade.

Gostava de levantar uma questão em tornodisto: Porque razão a suamãe tirar-lhe-ia a vida jácrescido, dado que não o fez ainda na primeira infancia?Deixo esta questão em aberto para reflexao.E quero terminar dizendo que, no geral, uma mãe é insubstituível. Cuide delacomo se fossea sua alma gêmea. E nunca se esqueca que por detrás de um filho, existe uma mãe de ouro.
O amor, no livro dos 1corintios 13:4, "é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece". Portanto, o amor de mãe é puro, verdadeiro e incomparável.

* Psicólogo

domingo, 23 de outubro de 2016

Influência da Ansiedade no Rendimento Académico

*Custódio Sumbane
·         Introdução

Esta pesquisa foi realizada com vista a dar resposta aos altos índices de reprovações que se tem vindo a observar nas escolas, principalmente, nas classes terminais. Se os resultados desta pesquisa forem aproveitados, da melhor maneira, podem responder as preocupações do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano no que concerne à situações desastrosas que assolam as Escolas nos tempos que correm. Constatamos que existem vários factores que influênciam a prevalência de altos índices de reprovações nas classes terminais, mas a ansiedade é um dos factores determinantes nesse processo. Ansiedade é vista como uma emoção caracterizada por sentimentos de antecipação de perigo, tensão, e sofrimento e por tendências de esquiva ou fuga. E face a Matemática é uma condição caracterizada por padrões de fuga e esquiva em situações que exigem o uso da matemática, bem como reacções fisiológicas desagradáveis, atribuições negativas à matemática e auto-atribuições negativas.

Nesse estudo, foram levantados os seguintes objectivos de pesquisa: Objectivo geral: (i) Compreender a influência que a Ansiedade exerce no Rendimento Académico dos alunos na disciplina de Matemática. E para a operacionalização deste objectivo, definiu-se os seguintes objectivos específicos: (i) Descrever as condições prévias da ansiedade; (ii) Descrever o rendimento académico dos alunos; (iii) Relacionar o nível de ansiedade e o rendimento académico.
Quanto a metodologia usada neste estudo, foi uma pesquisa quantitativa que visa, essencialmente, traduzir em números as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas, e utilizam-se técnicas estatísticas. E a pesquisa qualitativa, descreve as informações obtidas que não podem ser quantificáveis. Em relação a apresentação, análise e interpretação de dados, recorreu-se a um programa estatístico, SPSS.

Contudo, este estudo é de extrema importância, pois vai, de certa forma, melhorar a situação actual da Educação e das reprovaçõees na displina de Matemática, visto que, tem se observado um surto de reprovações em massa nas escolas, principalmente,  nas classes terminais como a 10ª classe.
Palavras-chave: Ansiedade, Aprendizagem, Rendimento Académico, Matemática

·         A Ansiedade nas Sociedades Académicas Actuais

Ansiedade é uma emoção caracterizada por sentimentos de antecipação de perigo, tensão e sofrimento e por tendências de esquiva ou fuga. O medo poderia ser definido da mesma forma. Para distinguir os dois, precisamos observar outras potencialidades tais como o objecto de estudo. Enquanto na ansiedade as pessoas podem sentir-se ansiosas sem saber por quê, no medo o objecto é de fácil identificação, Davidoff, (2001: 390).
Segundo Davidoff, (2001:401), a ansiedade sinterfere no rendimento do aluno, principalmente na fase da realização das provas dificultando a capacidade de recuperação da informação aprendida. Isso ocorre porque a sua atenção está virada entre as exigências da tarefa e sentimentos de cobrança, diminuindo o nível de concentração e o desempenho em situações de avaliação. As reacções automáticas ou fisiológicas evocadas pela pressão ambiental ou estresse da avaliação e à percepção destas reacções que tomam conta dos alunos. Estas reacções para Cury, (2000:22), envolvem também sintomas psicossomáticos como taquicardia, suor excessivo, aumento da frequência respiratória. 

·         Relação da Ansiedade e Aprendizagem

A ansiedade tem efeitos de longo prazo sobre o processo de ensino e aprendizagem e no equilíbrio físico, psicológico e social. E das várias consequências, a cognitiva é uma delas (Davidoff, 2001: 401). Geralmente, um estudante com ansiedade face a Matemática tem dificuldades em se concentrar e resolver exercícios Matemáticos em casa e pode se mostrar agressivo ao ser colocado alguma questão relacionada com a Matemática. E nestas condições, o aluno ou estudante pode apresentar taquicardia ao realizar exames Matemáticos (Carmo, 2011), citado por (Carmo e Simiato, 2012:318). 
Estudos têm demonstrado que a ansiedade face aos testes tem efeitos extremamente fortes e os alunos com altos níveis de ansiedade perante os testes têm apresentado resultados demasiadamente baixos (Magalhães, 1999: 101). As reacções fisiológicas que se apresentam nessas ocasiões impedem o bom desempenho e a resolução de tarefas matemáticas, prejudicando nas tarefas que envolvem a ansiedade e as que poderão ser realizadas subsequentemente como testes, exames ou outras situações diárias.

·         Relação da Ansiedade e o Rendimento Académico

Na perspectiva de  Davidoff, (2001: 401), a ansiedade sinterfere no rendimento académico dos alunos, principalmente na fase da realização das provas dificultando a capacidade da recuperação da informação aprendida. Isso ocorre porque a sua atenção está virada entre as exigências da tarefa e sentimentos de cobrança, diminuindo o nível de concentração e o desempenho em situações de avaliação. As reacções automáticas ou fisiológicas evocadas pela pressão ambiental ou estresse da avaliação e à percepção destas reacções tomam conta dos alunos.

Neste sentido, a ansiedade face aos testes constitui uma enorme preocupação para toda a comunidade educativa, porque os estudantes, quando são submetidos a uma avaliação, tendem a reagir com altos níveis da ansiedade, comprometendo o seu desempenho académico (Bzuneck & Silva, 1989), citado por (Janeiro, 2013: 84).
Por sua vez, Lourenço (2012:161), defende a possibilidade de que, ambientes de avaliação de exames constituem, na maioria dos casos, um problema na vida dos estudantes na medida em que afecta o seu desempenho e tem consequências na sua vida pessoal e social. Os indivíduos que apresentam uma ansiedade elevada nos exames tendem a perceber as situações de avaliação como perigosas e consequentemente, enfrentam estas com medo e apreensão.

·         A Ansiedade e a Linguagem Matemática

Na perspectiva de Carmo, (2008), et al., citado por Carmo e Simiato, (2012:4), existe vários factores que influenciam no desencadeamento da ansiedade em relação à matemática, mas a forma como esta disciplina é leccionada influencia, consideravelmente, no surgimento da ansiedade. Os professores explicam a matéria superficialmente e não estimulam os alunos ao espírito de debate sobre a disciplina de Matemática muito menos mostram a sua relevância na prática diária. Eles reforçam respostas dadas com exactidão, sem considerar o raciocínio desenvolvido pelo aluno, cobram demais aos alunos ou exigem a rapidez na resolução dos exercícios e na memorização de regras para esse fim.

Factores que Influenciam o Surgimento da Ansiedade face a Matemática

Existem vários factores que influenciam, a estória da matemática, o ambiente da aula de aula, a atitude do professor, a motivação,  exigências exacerbadas, exigência de respostas exactas, experiências e aprendizagens anteriores, medo entre outros,  mas a ansiedade é um componente determinante nesse processo.

Constatações do Estudo

·         Os alunos assumem que o nervosismo, a tensão, o medo, a preocupação aumentam, de certa forma, a prevalência de altos índices de ansiedade no teste de Matemática. E grande parte de alunos assume que desconfiam de si próprios, das suas próprias capacidades e habilidades. Costumam pensar se as respostas que deram no teste foram as melhores e estes pensamentos perseguem-lhes durante algum tempo.

·         A ansiedade toma conta dos alunos antes e durante o processo da realização do teste de Matemática, o que dificulta o processo da recuperação de informação na memória. Esse posicionamento corrobora com o modelo de processamento de informação quando defende a possibilidade de que para se lembrarem de qualquer coisa, as pessoas precisam codificar, armazenar e recuperar a informação (Davidoff, 2001: 401). E a ansiedade altera a codificação e a recuperação de informação na memória.

·         Grande parte dos alunos, às vezes, fica perseguida com pensamentos negativos, e preocupados com a sua situação académica. Em detrimento disso, outra parte alega que sempre fica preocupada com o que pode acontecer com o seu rendimento académico e desconfiam das suas potencialidades. E segundo Janeiro (2013: 85), pode-se afirmar que, quanto mais negativa for a percepção que os alunos têm acerca de si próprios, mais elevados serão os níveis de ansiedade.

·         Existe uma relação dialéctica entre a ansiedade e a Matemática, visto que o rendimento académico dos alunos foi baixo, o que ilustrou, claramente, a prevalência de níveis de ansiedade. E frequentemente apresentam-se ansiosos antes e/ou durante a realização do teste de Matemática.

·         A desconfiança que os alunos têm de si próprios, das suas próprias capacidades e habilidades, o ambiente e os pensamentos negativos que lhes perseguem podem influenciar no desencadeamento de níveis altos de ansiedade e consequentemente o baixo rendimento académico. Um ambiente tenso acompanhado de estímulos negativos e pressão por parte do professor, pode também influenciar.

·         Estes resultados corroboram com a evidência empírica de Magalhães (1999: 101), quando defende que a ansiedade face aos testes têm efeitos extremamente fortes e os alunos com altos níveis de ansiedade tem apresentado resultados demasiadamente baixos. As reacções fisiológicas que se apresentam nessas ocasiões impedem o bom desempenho dos alunos e na resolução de tarefas matemáticas, prejudicando nas tarefas que envolvem a ansiedade e as que poderão ser realizadas subsequentemente como testes, exame ou outras situações diárias.

·         Sugestões

·         Quanto às estratégias de reversão de ansiedade, os professores deviam fazer perceber aos seus educandos que a disciplina de matemática é como qualquer outra e pode ser assimilada, da melhor forma possível, independentemente do índice de dificuldade e, ela tem uma extrema relevância no seu quotidiano. É preciso que se inverta a história da Matemática, visto que as pessoas têm a ideia de que a Matemática é difícil, ou seja, apresenta altos índices de dificuldades, tendo única fórmula e solução, dai que os alunos entram na sala de aula com ideias fixas, negativas, e imutáveis em relação a Matemática.
               
·         É necessário promover debates e interacção efectiva e afectiva na sala de aula por forma a facilitar a percepção de que existe vários caminhos para a materialização das operações matemáticas. É preciso remover todos os estímulos negativos e criar um ambiente favorável e estimulante para a ocorrência eficaz e efectiva do processo da assimilação e acomodação dos conteúdos matemáticos. Os professores deviam utilizar uma linguagem Matemática que equivale ao nível de desenvolvimento dos alunos, pois pode facilitar o processo de acomodação dos conteúdos leccionados.

·         E a evidência empírica aponta que, os professores não deviam na sala de aula: Pressionar os alunos para responder rápida e correctamente as questões propostas sobre a matéria; estimular competição entre colegas; aplicar muitos testes e humilhar os alunos que apresentarem algum tipo de dúvida sobre Matemática ou demorarem a entender o raciocínio exigido em determinado exercício Tobias (1978), citado por Carmo e Simionato, (2012:321-322). Ensinar não é simplesmente ditar os apontamentos mas saber formar alunos e exigir de si mesmo a presença efectiva e afectiva, pois se aprende também ouvindo, observando, admirando, imitando, confiando, criticando, apaixonando-se, conflituando, recriando e refazendo relações. Esse modelo é fundamental para os alunos ansiosos (Oliveira, 2008: 33).

·         Quanto aos alunos, deviam ir a sala de aula bem preparados e confiantes em si próprios e acima de tudo devem auto-regular a sua aprendizagem. Durante a realização do teste deviam elevar a sua auto-estima, auto-confiança e determinação, e manter, acima de tudo, um relaxamento corporal sempre que resolverem exercícios matemáticos.

·         Conclusão

A ansiedade altera a codificação e a recuperação de informação na memória. Entretanto, perante esta situação, chegamos a conclusão de que a preocupação, o medo, o nervosismo, a tensão e os sintomas psicossomáticos aumentam a prevalência de níveis de ansiedade antes e  durante o processo da realização do teste de matemática e dificulta a recuperação de informação na memória. Existem vários factores que influenciam, a estória da matemática, o ambiente da aula de aula, a atitude do professor, a motivação,  exigências exacerbadas, exigência de respostas exactas, experiências e aprendizagens anteriores, medo entre outros,  mas a ansiedade é um componente determinante nesse processo.  Sendo assim, é responsabilidade de todos os intervenientes sociais contribuirem para a mudança desta situação. E o psicólogo desempenha um papel demasiadamente fundamental na melhoria da situação actual da educação dado que apresenta um olhar clínico apurado para melhor lidar com qualquer situação académica e social evidar esforco para virar a história educacional. Ele procura optimizar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem trabalhando os aspectos mentais, afecto-emocionais e sociais do aluno que influenciam na sua vida social e académica.

*Psicólogo