sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O Terapeuta no Processo de Aconselhamento Psicológico

Custódio Sumbane (*)
                                                           Data: 31. 10. 2014
Maputo
Resumo
Este artigo visa o estudo do Aconselhamento Psicológico e a Actuação do Terapeuta perante uma situação de aconselhamento. Assim sendo, pode se dizer, em primeiro lugar, que o aconselhamento psicológico é uma área de saber e de intervenção que visa adoptar o indivíduo de autoconhecimento e de suas fraquezas. Só tendo autoconhecimento e domínio das suas fraquezas que é possível ter um olhar diferente com relação ao mundo e accionar mecanismos de resolução de problemas que a envolve. No dia-a-dia, o homem tem-se deparado com tipologias comportamentais que corrompem, de certa forma, “o território da sua emoção” podendo assim bloquear o curso normal das suas actividades. Entretanto, o aconselhamento psicológico é importante porque ajuda na resolução de problemas, no processo de tomada de decisões, no confronto com crises pessoais, na melhoria das relações interpessoais, na promoção do autoconhecimento e da autonomia pessoal, no caráter psicológico da intervenção centrada em sentimentos, pensamentos, percepções e conflitos e a facilitação da transformação comportamental, (Meireles 2008). Esse entendimento se baseia, efectivamente, nas etapas do processo de mudança de comportamento, pois  a ideia mãe ou chave é a garantia da mudança de comportamento através de manter o novo comportamento a longo prazo,criar grupos de suporte, explicar os membros da família para saber como lidar com a situação, enfim.

Palavras-chave: Aconselhamento psicológico, empatia, escuta activa.

summary
This article aims to study the Counseling Psychology and Performance Therapist before a counseling situation. Thus, we can say, first, that psychological counseling is an area of knowledge and intervention that aims to introduce the individual self and its weaknesses. Only with self-knowledge and mastery of your weaknesses you can have a different look toward the world and trigger mechanisms for solving problems that involves. Day-to-day, man has been confronted with behavioral typologies that corrupt somehow, "the territory of his emotion" and thus can block the normal course of their activities. However, psychological counseling is important because it helps in solving problems, in the decision-making process, in comparison with personal crises, improve interpersonal relationships, promote self-knowledge and personal autonomy, the psychological character of the intervention focused on feelings thoughts, perceptions and conflicts and facilitation of behavioral change, (Meireles 2008). This understanding is based, indeed, on the stages of behavior change process, as the mother or key idea is to guarantee behavior change by maintaining the new behavior long term, creating support groups, explain to family members know how to handle the situation, anyway.


Keywords: Psychological counseling, empathy, active listening.


Introdução

Neste artigo pretende abordar assuntos relativos a Actuação do Terapeuta no Processo de Aconselhamento Psicológico. O atendimento e aconselhamento psicológico é de extrema importância nas nossas vidas, pois ajuda-nos na resolução de problemas, no processo de tomada de decisões, no confronto com crises pessoais, na melhoria das relações interpessoais, na promoção do auto-conhecimento e da autonomia pessoal, no caráter psicológico da intervenção centrada na esfera integral da personalidade e conflitos e a facilitação da transformação comportamental. É dentro do aconselhamento psicológico que podemos desvendar a nossa esfera emocional, psicológica, social, fisiológica até educativa. Portanto, para uma melhor compreensão dos aspectos patentes no corpo deste artigo passar-se-á a citar  alguns tópicos, à saber: Orientação, Aconselhamento e Psicoterapia; Necessidade do Aconselhamento Psicológico; Importância do Aconselhamento Psicológico; Processos de Aconselhamento e Modalidades de Intervenção; Princípios Básicos do Aconselhamento; Entrevista Psicológica ou Inicial; Passos de Aconselhamento Psicológicos; Análise Crítica dos Conteúdos Leccionados; Discussão e Conclusão.

Orientação, Aconselhamento e Psicoterapia

Um dos aspectos chaves do Aconselhamento Psicológico é a facilitação do conhecimento. Isto quer nos fazer entender que o terapeuta abre as balizas no sentido de mostrar todos os caminhos possíveis para a resolução do problema e diz na sua opinião que de todas as formas mencionadas, a mais rápida é a forma X ou Y. Entretanto, cabe ao cliente escolher o caminho certo, ou seja, o caminho que a levará ao destino de forma satisfatória. O aconselhamento tem sido levado a cabo para doptar o indivíduo de autoconhecimento e de suas fraquezas. Só tendo autoconhecimento e domínio das suas fraquezas que é possível ter um olhar diferente com relação ao mundo e accionar mecanismos de resolução de problemas que a envolve. E já dizia Nunes (1999), citado por Zanardi, (2010:12), que a autodescoberta da pessoa com os seus próprios recursos e potencialidades, irá permitir que ele adquira uma maior confiança em si próprio, e logicamente um aumento da autonomia, com maior empenho e responsabilidade pelas suas decisões.

 Entretanto, toda intervenção psicológica deve respeitar certos factores tais como sentimentos, pensamentos, percepção e emoção. Desta feita, é de extrema importância ter em consideração os factores básicos, pois a nossa intervenção pode garantir a manutenção, equilíbrio ou agravação da situação dependendo da forma como o terapeuta domina as esferas anteriormente referenciadas.
Há um aspecto bastante importante que deve-se ter em consideração. Está-se a falar de aconselhamento e dar conselhos. Há, de facto, uma diferença extrema, pois aconselhar na perspectiva de Trindade, (2008: 3) não é dar conselhos. Aconselhar não é fazer exortações nem encorajar ou prescrever condutas que devem ser seguidas, mas sim ajudar ao sujeito a compreender-se a si próprio e à situação em que se encontra e ajudá-lo a melhorar a sua capacidade de tomar decisões.

Necessidade do Aconselhamento Psicológico

O Aconselhamento Psicológico é necessário porque estabelece uma relação intrínseca entre o comportamento, a saúde e a doença. Para uma melhor compreensão desta ligação trar-se-á um exemplo tal como: Um indivíduo que não se sente doente (doença), nunca melhora (saúde), e automaticamente continuará na mesma posição inicial de não seguir a recomendação médica (comportamento). Para além da ligação dos aspectos anteriormnetente citados é necessário saber que o comportamento é um fenómeno bastante complexo, não podendo recorrer somente um e único método como o biomédico (caso dos Psiquiatras), pois este pode não resolver mas apenas atenuar o problema por alguns instantes. Por fim, vale enfatizar que o aconselhamento psicológico é necessário para responder as necessidades psicológicas dos utentes. Neste caso, procura-se explicar as causas da doença e dar entender para a não manifestação contínua ou repetição do mesmo.

Importância do Aconselhamento Psicológico

O aconselhamento é importante porque ajuda na resolução de problemas, no processo de tomada de decisões, no confronto com crises pessoais, na melhoria das relações interpessoais, na promoção do autoconhecimento e da autonomia pessoal, no caráter psicológico da intervenção centrada em sentimentos, pensamentos, percepções e conflitos e a facilitação da transformação comportamental, (Meireles 2008). Esse entendimento se baseia, efectivamente, nas etapas do processo de mudança de comportamento, pois  a ideia mãe ou chave é a garantia da mudança de comportamento através de manter o novo comportamento a longo prazo, criar grupos de suporte, explicar os membros da família para saber como lidar com a situação, enfim.

Processos de Aconselhamento e Modalidades de Intervenção

Um dos passos bastante importante no processo de aconselhamento psicológico é o estabelecimento de uma aliança terapêutica com o cliente ou utente. O terapêuta, neste caso, deve estabelecer um vínculo bastante forte, pois parte-se de um pressuposto básico de que ninguém se abre enquanto não se sente segura. Desta feita, é necessário que o terapeuta crie um ambiente ou um clima favorável onde o utente se sentirá a vontade. Deve mostrar, de certa forma, ao cliente que para além de ser especialista é um amigo onde pode se compartilhar as preocupações com ele. O terapeuta deve, sobretudo desenvolver um clima de confiança.
E para que o psicólogo tenha sucesso no exercício das suas funções de trabalho ele, deve estar vestido de certas qualidades como é o caso da empatia, a escuta clinica ou activa e a reflexão. Esses aspectos são de extrema importância, pois é executá-los que poder-se-á desvendar ou entender o valor ou o peso que o problema tem. Por exemplo, na escuta activa pode se controlar a voz (a tonalidade da voz), a expressão facial e os movimentos físicos (os tiques ou a mimica). A empatia ajuda o terapeuta a colocar-se no lugar do utente, ou seja, a olhar o problema como se fosse dele. Mas muita atenção com esta terminologia, pois é demasiadamente diferente com a simpatia. Depois de executar ou por em prática a escuta clinica ou activa e a empatia, é necessário reflectir sobre o número de sessões necessárias e o tipo de terapia a envolver nesse processo.
Portanto, depois de tudo nunca é mau procurar saber do cliente sobre o nível de gravidade em que o problema actua na sua vida. Das causas do problema actual e ainda a expectativa que o utente tem sobre o tratamento. Pode se procurar também desvendar as tentativas feitas anteriormente antes da consulta.
Princípios Básicos do Aconselhamento

O Aconselhamento passa por três fases bastante essenciais à saber: A exploração do problema, nova compreensão do problema e acção. Esses aspectos são cruciais para a ocorrência de um aconselhamento psicológico. Na exploração do problema, por exemplo, o terapeuta deve caracterizar e identificar o problema ou a preocupação específica do ponto de vista do utente. Deve se explorar o problema abarcando, desta forma, todas as esferas ou camadas a sua volta. Isto significa que o terapeuta deve se informar na sua íntegra sobre o utente, a sua família, a sociedade, a escola, religião, a educação familiar, o tipo de amigos que tem, as doenças crónicas que já teve, o apoio que procurou e a situação actual.
No caso da nova compreensão do problema, o terapeuta ajuda o utente a encarrar o problema de um outro ponto de vista. Tenta-se nesta fase fazer entender ao cliente o que realmente está acontecer, ou seja, tirar o cliente de um ponto para o outro. E por fim, na acção o terapeuta unge o cliente de todas as bases de sustentação para a resolução do seu problema. E procura mostrar que na vida há dois lados (o lado bom e o lado mau), devendo desta forma saber viver dentro destas circunstâncias.

Entrevista Psicológica ou Inicial

A primeira entrevista é bastante marcante tanto para o terapeuta como para o cliente. É nesta fase onde os psicólogos principiantes se sentem confusos e desorientados diante de dificuldades. Os clientes por sua vez, se mostram acanhados e com medo de se abrir. Entretanto, a entrevista inicial necessita de domínio de algumas habilidades como o estabelecimento de um clima de confiança a fim de que o utente se comunique a vontade. E o segundo passo que o terapeuta deve ter em conta é colecção de informações precisas sobre o problema em causa de modo que possa fornecer ao utente ferramentas certas de acordo com o problema certo. Nesta primeira fase de contacto com o cliente nunca deve querer explorar tudo de uma vez. Deve fazer as coisas de forma sequenciada ou em sessões. Nunca responder a todas as perguntas do utente porque toda a pergunta 50 % da resposta está lá. Logo, antes de mais procure saber do utente acerca do seu ponto de vista com relação à pergunta porque pode, se calhar, ter uma resposta melhor que a do terapeuta.

Contudo, na mesma linha do pensamento Mwamwenda, (2004: 338), advoga que quando o orientador se encontra com o cliente pela primeira vez, é importante que se faça o cliente sentir se relaxado e à vontade com o orientador. O orientador não necessita de dominar a conversa, mas deve dar espaço ao cliente para que possa expressar os seus pontos de vista que lhe permitirão expressar-se a si mesmo. É da responsabilidade do orientador relacionar aquilo que o cliente está a pensar ou a sentir, e a forma como se está a comportar.
No decurso ou no desenvolvimento da entrevista inicial é necessário usar terminologias inteligíveis tais como em que posso ajudar. Sendo assim, o cliente vai debruçar dos seus problemas. E quando se trata de assuntos demasiadamente chocantes, os utentes tem usado um mecanismo de defesa, projecção, onde saem do epicentro e começam a falar de outros problemas não relacionados. Desta forma, é preciso que o terapeuta use a sua inteligência multifocal, na tentativa de compreender as manobras que os utentes usam para se defender. E no caso de haver necessidade de trocar de conversa ou quando vê que o assunto já foi explorado o suficiente pode se expressar da seguinte maneira, “além de conhecer detalhes sobre a área problemática gostaria de saber alguma coisa sobre a sua situação actual”. Esta forma nos ajuda a mudar do assunto sem causar transtornos ou ferir sensibilidades. Portanto, vale enfatizar que os três momentos de aconselhamento (escuta activa, empatia e a reflexão) são também validas neste processo.

Passos de Aconselhamento Psicológicos
1º-Anamnese.
É aqui onde deve-se procurar saber da identificação do utente, ou seja, do nome, idade, morada, profissão, habilitação literária, religião, estado civil, vícios. E o problema deve ser estruturado sob forma de Árvore Genealógica.
2º-Exploração dos antecedentes patológicos.
Procurara saber sobre o estado de saúde anterior da sua família mais precisamente das doenças crónicas como diabetes, hipertensão, tuberculoses, enfim.
3º-Antecedentes patológicos pessoais;
4º-História da doença actual e “O que posso ajudar”; e 5º Nova compreensão do problema.
Para Trindade (2008: 7), o aconselhamento pode ser levada em conta tendo como base diversas perspectivas teóricas do aconselhamento psicológico como as psicodinâmicas, humanistas, cognitivo-comportamentais, fenomenológico-existenciais, feministas, construtivistas e sistémicas.

Análise Crítica dos Conteúdos Leccionados

A maior critica que se faz com relação ao conteúdo aprendido é o facto de ela ter sido elaborado tendo em conta uma determinada área do saber, especificamente a área da saúde ou clinica. Neste caso, as abordagens usadas eram clinicas e não educacionais, o que pode nos trazer um impacto no processo de aplicação do mesmo na área educacional.

Discussão e Conclusão

Depois de várias abordagens feitas no decurso deste artigo chega-se a conclusão de que o terapeuta deve estar doptado de uma base científica sólida para garantir uma firmeza no processo de atendimento e aconselhamento psicológico. Contudo, no dia-a-dia tem-se vivenciado dilemas que atormentam o nosso estado emocional, social, fisiológico até educativo podendo, de alguma forma, colocar em causa o curso normal das nossas actividades. Éis a razão de se ter em conta a questão do atendimento e aconselhamento psicológico como parte integrante da nossa humana.

Referencias Bibliográficas

  • MWAMWENDA, T. S. Psicologia Educacional, Uma Perspectiva Africana. Maputo: Texto Editores, 2004.
  • TRINDADE, Isabel, TEIXEIRA, José A. Carvalho, Aconselhamento psicológico em contextos de saúde e doença-Intervenção privilegiada em psicologia da saúde. Lisboa1, 2000.
  • ZANARDI, Hálisson, Aplicação do aconselhamento psicológico da abordagem centrada na pessoa na prática do aconselhamento pastoral cristão. Criciúma, 2010.
  • MEIRELES, Jacqueline, Aconselhamento Psicológico, 2008>Disponível em http://www.psicologiaemanalise.com.br/2008/12/aconselhamentopsicologico.html>Acesso em: 31.10.2014 às 22:42.

                                                     Estudante de Psicologia                                                           


sábado, 6 de setembro de 2014

Peace in Mozambique
* Custódio Sumbane

After several atrocities afflicted on children, teenagers, adults and old, today marks the Ceasefire Agreement. This agreement symbolizes the end of hostilities, or rather the end of unreported or simply "cold war" war. Several infrastructure destroyed, lives lost, distrust built and developed emotional prisons, that due to sudden shootings that were felt in the territory of our souls. These shootings imprisoned soils of our emotion due to intolerance manifested in the resolution of the tension process, lack of patience, dignity for differences, solidarity, unity among others not mentioned. It has been said that "unity is strength". That is to make us realize that the contribution makes a difference and can be either in the fight against human rights, domestic violence, abductions, in crime, in the acquired immunodeficiency syndrome (HIV-AIDS), the Ebola virus, the fight against tuberculosis, racial discrimination, social exclusion of children or individuals with special educational needs anyway.
The welfare is done by everyone regardless of ethnicity, race, socioeconomic status, lifestyle, learning style, values, and beliefs. In support of this idea would bring one of the most important leaders of the Black Civil Rights Movement in the United States, and the World, Martin Luther King Jr. (1929-1968), to put in the following: "If a man does not have something in which die not worth living. "It wants us to understand that we all have a contribution to make towards changing risk behavior. Have a contribution about the salvation of the world from various pathologies. And for him, everyone who does not have something in your life which would go to the brink of death, does not deserve to live. Man should not worry about himself but for others. Jesus was also so.
Schools, universities, colleges and training have final objective is to train the man to respond to demand or the needs of society. In other words this means that the man must be independent in the art of thinking, have a new vision of the world around them. His contribution in changing behavior can be done in several ways, for example, participation in networks of communication (TV, Newspapers, Facebook, WhatsApp, Twitter, ect) in constructive debates in academic centers, associations and even through the publication of articles or even books. This participation can somehow take effect. But remember that before having something in life which would die for her (according to Martin Luther King Jr.) is not yet ready to make the change of risk behavior.
However, all these words are crying for joy after I expressed in the articles entitled "A Psychological Look About Political-Military Tension in Mozambique". Finally, we took into account all the contributions that "Angels Guard" were left. Call Angels Guard, everyone who directly or indirectly lost days and nights writing and thinking, debating, creating themes for advocacy, anyway. To everyone who did not care for his life but the lives of others. And today we are at peace. Congratulations!
However, let me say that we are at peace and happy, but personality disorders were not behind, were also caused. Our loved ones were trapped territory of his soul. Thus, the quality of the children who are now crying tears of blood because of the crucifixion of their neighbors, have to note the following: One of the components that dictated the Signing of the Ceasefire Agreement (dialogue), was the crucifixion of my family (mother, father, sister, brother, uncle, grandfather, cousin, etc). Today I'm alone with no one to care for me and now I ask: Who will care for me and all of my relatives were with undeclared war? I am subject to be homeless for the rest of my life. Atrocities that power-they would have avoided!
Now, on behalf of all who mourn say tolerance, reciprocity and solidarity, cooperation, willingness, autonomy and coherence, ability to put yourself in another's place, to dialogue, to talk are essential values ​​to weave peace, (Ferreira et al, 2006: 3-4). And Estanqueiro, (1992) warns us that there are three forms of conflict resolution to learn: Dialogue, attack and escape. And for him authentic dialogue bears good fruit. Promotes mutual trust; generates understandings; humanizes the differences; allows agreements. However, this appears thus as the ideal to resolve conflicts and bring people strategy. Many conflicts between individuals, groups or nations, have been avoided or resolved by dialogue bet.
Therefore, to say that human rights cannot be just by law, must be woven into the soul and heart carved in, Cury (2002: 103).
* Licensing in Psychology

2014
Moçambique em Paz

*Custódio Sumbane

Depois de várias atrocidades acometidas nas crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos, hoje, assinala-se o Acordo de Cessar-Fogo. Este acordo simboliza o fim das hostilidades, ou melhor, o fim da guerra não declarada ou simplesmente “guerra fria”. São várias infra-estruturas destruídas, vidas humanas perdidas, desconfianças construídas e cárceres emocionais desenvolvidas, isso devido aos tiroteios repentinos que se fizeram sentir no território das nossas almas. Esses tiroteios aprisionaram os solos da nossa emoção devido a intolerância manifestada no processo de resolução da tensão, a falta de paciência, de dignidade pelas diferenças, solidariedade, união entre outros aspectos não mencionados. Tem-se dito que “a união faz a força”. Isto quer nos fazer perceber que a contribuição faz a diferença, podendo ser tanto na luta contra os direitos humanos, na violência doméstica, nos raptos, na criminalidade, na síndrome de imunodeficiência adquirida (HIV-SIDA), no Vírus de Ébola, na luta contra a tuberculose, na descriminação racial, na exclusão social de crianças ou indivíduos com necessidades educativas especiais, enfim.
O bem-estar é feito por todos independentemente da etnia, cor da pele, estatuto socioeconómico, estilo de vida, estilo de aprendizagem, valores e crenças. Para sustentar esta ideia traria um dos mais importantes Líderes do Movimento dos Direitos Civis dos Negros nos Estados Unidos, e no Mundo, Marthin Luther King Jr. (1929-1968), para nos situar o seguinte: “Se um homem não tem algo na qual morreria não merece viver”. Isto quer nos fazer entender que todos temos uma contribuição a dar em prol a mudança de comportamento de risco. Temos uma contribuição em torno da salvação do mundo das várias patologias. E para ele, todo aquele que não tem algo na qual deixaria a sua vida ir a beira da morte, não merece viver. O homem não deve se preocupar com ele próprio mas sim pelos outros. Jesus também foi assim.
As escolas, universidades, institutos superiores e de formação têm como objectivo final formar o homem capaz de responder a demanda ou as necessidades da sociedade. Em outras palavras isto quer nos dizer que, o homem deve ser independente na arte de pensar, ter uma nova visão do mundo à sua volta. A sua contribuição na mudança de comportamento pode ser feita de várias formas como, por exemplo, a participação nas redes de comunicação (Televisão, Jornal, Facebook, WhatsApp, Twiter, ect), nos debates construtivos, nos núcleos académicos, nas associações e ainda através da publicação de artigos ou mesmo livros. Essa participação pode, de alguma forma, surtir efeito. Mas lembre-se que antes de ter algo na vida qual morreria por ela (segundo Marthin Luther King Jr.) ainda não está preparado para garantir a mudança do comportamento de risco.
Contudo, essas todas palavras são de alegria depois do choro por mim manifestado num dos artigos intitulado “Um Olhar Psicológico Sobre a Tensão Político-Militar em Moçambique”. Finalmente, se tomou em consideração todas as contribuições que os “Anjos de Guarda” deixaram ficar. Chamo de Anjos de Guarda, a todos que directo ou indirectamente perderam dias e noites a escrever e pensar, a debater, a criar temas de sensibilização, enfim. A todos que não se preocuparam pela sua vida mas sim pela vida dos outros. E hoje estamos em paz. Parabéns!
No entanto, permitam-me dizer que estamos em paz e felizes, mas os transtornos de personalidade não ficaram detrás, foram também causados. Os nossos entes queridos foram aprisionados o território da sua alma. Sendo assim, na qualidade das crianças que estão neste momento chorando lágrimas de sangue devido a crucificação dos seus próximos, tenho a salientar o seguinte: Um dos componentes que ditou a Assinatura do Acordo de Cessar-Fogo (diálogo), foi a crucificação da minha família (mãe, pai, irmã, irmão, tio, avô, prima, etc). Hoje estou sozinho sem ninguém para cuidar de mim e agora pergunto: Quem vai cuidar de mim sendo que todos os meus parentes foram com a guerra não declarada? Estou sujeito a ser mendigo por resto da minha vida. Atrocidades que poder-se-iam ter evitado!
Agora, em nome de todos que estão de luto digo: A tolerância, reciprocidade e solidariedade, cooperação, força de vontade, autonomia e coerência, capacidade de se colocar no lugar do outro, de dialogar, de conversar são valores essenciais para se tecer a paz, (Ferreira et al, 2006: 3-4). E Estanqueiro, (1992), alerta nos que há três formas de resolução de conflitos à saber : O diálogo, o ataque e a fuga. E para ele o diálogo autêntico dá bons frutos. Promove a confiança mútua; gera entendimentos; humaniza as divergências; permite acordos. Porém, este surge, deste modo, como a estratégia ideal para resolver conflitos e aproximar as pessoas. Muitos conflitos entre pessoas, grupos ou nações, foram evitados ou resolvidos pela aposta ao diálogo.
Portanto, é preciso dizer que os direitos humanos não podem estar apenas na lei, devem ser tecidos na alma e esculpidos no coração, Cury (2002:103).


*Licenciando em Psicologia
2014

Attendance and Psychological Counseling in Institutions Educational

Custódio Sumbane

To what extent Care and Counseling Psychology is relevant in Educational Institutions? In day-to-day has been experienced dilemmas that plague our emotional, social status, education staff may even, in some way, jeopardize the educational performance of all students. Therefore, it should be borne in mind that the early stages of child development are the most susceptible to crisis. This crisis will pass into adolescence and adulthood. Freud, father of psychoanalysis, speaks very well about this when advocates that "all aspects experienced in childhood and adolescence determines the personality of the individual." With this, it can be concluded that childhood is where it builds the personality of the individual, develops autonomy, socialization, morality, how to be, to know and be dealing with others.
In this proportion, we can say that divorce, changing schools, the rejection in a group of friends, social conflicts, violence in the family environment, bullying (aggression or violence in the school context), stepmother or stepfather, finally, are situations that are experienced by children and place them traumatized and may somehow affect their schooling and their future life. One cannot speak of quality education without talking about the student and the student should not speak without taking into account the problems it faces. With this, want to say that the problems that students face in their everyday lives affect significantly in their academic life.

Therefore, it is imperative to take into account the problems of the student in order to ensure the quality of education and welfare. Psychologists and Statisticians best that can explain this scenario. For example, the application related to construct a test (test that evaluates the latent traces) or pattern on the content (test that evaluates the academic performance) process can apply the same test to the same person two or three times at different times for the purpose of checking the stability of temperamental student and get the same extremely different scores. How to explain? Several factors may be behind it, such as the index of difficulty of the test itself, the teacher, the conditions of the environment, the student and even the aspects that affect your life in some way, the territory of their emotion and block the normal course of their activities.
However, to sustain the above said ideas can call Mwamwenda (2004: 337), an expert in children's cognitive development area in the African context to situate us as follows: "It must be said emphatically that no school system in Africa can required to provide a quality education if most of their students do not have any access to guidance and counseling as an integral component of their curriculum.”

However, dealing with the problems the student is one of the key points that fit what is the improvement of teaching, because the behavioral typologies work, somehow, as a barrier in the academic performance of the student. In the same line of thought, Mwamwenda (2004: 343) argues that the guidance and advice in the early grades can help prevent problems that children may encounter in the future. Some of these problems include learning disabilities and deviant behavior (fights, arguments, terminate relationships, hyperactivity and attention deficit and stubbornness).

Beyond the initial classes above, Care and Psychological Counseling is imperative that occur in subsequent classes as (8th to 12th classes), because that is where the monitoring seems more necessary. This is the stage for major changes in adolescents seen manifested by the development of the hips, breasts, appearance of the first menses, hair in the axillary areas, deepening of the voice, wet dreams, among others. Not only the body changes but also the professional choices, creating friendships, interest in the opposite sex partner, the inclusion in the group of friends, influences, are all aspects that put adolescents in a constant state of turmoil, tension and indecision or even identity crisis. And this identity crisis can affect your emotional sphere, personal, social and educational. Therefore, it is extremely important the participation of psychologists in educational institutions in ensuring the care and psychological counseling, since the arrest warrant, precaution of problems that students face in their academic and daily life. Only this way you can ensure healthy, able pupils to cope with the emotional prison and never lose the taste for life and continue to fight for their dreams.

Licensing in Psychology


2014


Children with Special Educational Needs in Mozambique

* Custodio Sumbane

How do children with Special Educational Needs are seen in the Mozambican context? Does the country have truly inclusive schools? Does the Educational Policies of Mozambique respond to the demands of society: "Children with Special Educational Needs"? These concerns, trapping territory of the excitement of small and beautiful children, parents and careers and members of civil society. However, after a longtime exclusion of children with Special Educational Needs appears countries, yet governments and organizations to map policies, principles, and practices to alert countries worldwide to develop policies that could respond to the diversity and implement the issue of inclusive schools where all children regardless of their physical to emotional state, intellectual could learn.

Do children with seen in the Mozambican context are seen as having the right school, the right to protection, they deserve respect, consideration, and help especially the right to life? The documents indicate that no! A concrete example that justifies the above question is that schools do not have teachers with psych educational training to deal with situations like that. Second, children are less valued both in society as educational. Third, the lack of a considerable number of children with special educational needs attending mainstream schools. Finally, children are invaded in their own homes with sudden firefights as if chasing away birds on the farm, and are forced to sleep in the savannas, forests and fauna with dangerous animals that pose a risk to your life and corrupt the territory of his emotion.
  These children are seen as worthless beings as schizophrenic in the trash, as they are not worthy of respect, consideration, opportunity, protection, school, and especially life. But even the emotional and functional psychotics who are disconnected from reality, have something positive that one can avail. And the kids? Reflect!

However, in 1998, the country has institutionalized the "Inclusive Schools" project emanated in the Salamanca Statement, in order to ensure the training of teachers to meet the demands of society, "children with special educational needs." But schools do not have teachers trained, able to deal with diversity in the classroom. Schools are not built in such a way to favor everyone equally. Is to speak primarily of building schools with decent ramps, handrails and other aspects that may favor them. Not provide a significant number of "abnormal" said children with special educational needs attending mainstream schools.
However, Cury (2002: 103), strikes us that human rights cannot be just by law, must be woven into the soul and the heart carved. And one of the statements that have concern for children, the Salamanca Statement (1994: 11) notes that inclusive schools consists of all children should learn together, wherever possible, regardless of the difficulties and differences that present.
  And this is possible with the presence of highly trained and qualified teachers in the area only to deal with situations like that. But not in its fullness, or rather is not felt. What there is exclusion, discrimination and segregation.
So this sad scenario resembles the Jewish holocaust occurred in World War II, where human rights have been violated. The Nazi Party Hitler saw the Jews as an unclean and without the right to life species. Soon, they were placed in concentration camps and exterminated. Finally, more than one million children and adolescents died. Where are we going with discriminatory, segregationist attitudes or exclusive? Take, however, an empathetic attitude, and place ourselves in the place of these small and beautiful children. One should look for these children ignored as if they were our own. Nobody would want to know that your child is being ignored or seen as someone worthless. So Estanqueiro, (1992: 28) calls our attention that we are not superior or inferior to others. We are different but equal in dignity. Deserve respect and love. We must love our neighbor as ourselves.
In fact, the difference with us both, physiological, social, cognitive, emotional and cultural level but, despite it, we are all equal in dignity. Therefore, behavior change begins with us. However, the psychological impact that exclusion can have on children with special educational needs? Remember that no one learns to love if not loved; no one opens if it is not accepted and no one understands the question of peace has not been educated in a peaceful environment. Thus, the literature review suggests that students placed in separate classes suffer adverse effects, including self-lower as a result of separation. Here are the words of the students Josina Machel Secondary School: "We would like to enjoy the same physical space (classroom) with others (students)."

First, to emphasize those children with special educational needs feel excluded by friends, community, school, and in some circumstances by their own family. Thus, they can become insecure individuals may develop an inferiority complex, guilt, powerlessness, low self-esteem, low self-concept, poor academic performance, despair, addiction, depression and frustration in turn can follow the course of his life. What a sad situation! However, what strategies can be adopted to ensure truly inclusive schools? To ensure truly inclusive schools is necessary that: First, the Ministry of Education defines policies that aims at diversity, ie, that will meet the demands of society; These policies should encourage all without discrimination; The Psycho teacher training; creation of schools with resources; implementation of policies; implementation of differentiated learning; Heterogeneous grouping; Finally, the Ministry of Education, Women and Social Welfare in collaboration with the Ministry of Health should create an environment of discussions or lectures, in order to sensitize the civil society so that it can consider children with special educational needs as those worthy of respect, consideration, school, opportunity and especially life. Therefore, we create a favorable environment for normal personality development of small, innocent and beautiful children environment.

Student of Educational Psychology

2014

domingo, 10 de agosto de 2014

A Manutenção da Paz em Moçambique

A Manutenção da Paz em Moçambique


*Custódio Sumbane
A Paz é resultado da tolerância, paciência e respeito pelas diferenças. A história nos mostra que a busca pela Paz é inerente ao ser humano, (Ferreira et al, 2006: 3). Recuando para a idade remota encontra-se que a destruição do mundo e dos direitos humanos como forma de mostrar o poder ou atitude de superioridade e descriminação com relação aos outros.

No holocausto judeu, por exemplo, mais de um milhão de crianças e adolescentes morreram. Choravam, gritavam, sentiam dores, frio e fome mas ninguém as socorria. Foram colocadas num depósito humano, pior do que uma pocilga. Não podiam andar nas ruas, comprar, ter amigos, ter carinho de seus pais e ir para a escola. Neste caso, os direitos humanos foram destruídos, Cury (2002:98-99).
Este cenário não se difere tanto das crianças moçambicanas que são aprisionadas o território da sua emoção (o alicerce da felicidade) e invadidas nas suas próprias casas como se fossem pássaros na machamba. São obrigadas a passar noites nas matas com animais perigosos que colocam, de algum modo, em risco a sua vida. Contudo, pode se dizer que as guerras são resultados da intolerância, impaciência, e a falta de respeito pelas diferenças que fazem com que milhares de crianças, adolescentes, adultos e velhos deixem de gozar dos verdes solos prometidos na terra.
Entretanto, é de suma importância invocar Santana, (2012:5), para nos trazer alguns episódios ocorridos na história da humanidade, resultados da intolerância. Neste caso, está-se a falar do Nazismo instaurado pelo ditador Adolfo Hitler (Holocausto Judeu); A destruição de Hiroshima e Nagasaki (Japão), no episódio da Segunda Guerra Mundial; o Apartheid (África do Sul); A colonização indígena; A escravidão negra, que perdurou décadas e tantas outras atrocidades acometidas contra grupos humanos e hoje a Tensão Político-Militar (Moçambique). Essas violências foram e são, antes de tudo, consequência da intolerância com os grupos que manifestavam suas diferenças ao padrão de igualdade estabelecido por camadas mantedoras do poder.
Será que dentro destas guerras se teve em consideração a Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada a 10 de Dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU)?
Contudo, deve se prestar muita atenção com a infância, pois é nesta fase onde se constrói a personalidade do indivíduo, se desenvolve a autonomia, a socialização, a moralidade, o saber ser, saber estar e lidar com os outros. E, igualmente, determina­­-se a personalidade do indivíduo, ou seja, todos os aspectos segundo Freud, vivenciados nesta fase (infância) determinam a personalidade da criança. Sendo assim, é preciso ter muita atenção ou cuidado com esta fase, visto que as crianças aprendem através da observação e imitação de modelos (pais, professores, tios, irmãos, amigos, enfim).

Sendo assim, vale apena recordar um dos mais importantes Líderes do Movimento dos Direitos Civis dos Negros nos Estados Unidos, e no Mundo, Marthin Luther King Jr. (1929-1968), quando dizia: “O que me preocupa não é o grito dos maus, dos indivíduos sem carácter mas sim o silêncio dos bons”. Aliado a este pensamento diria que a minha grande e maior preocupação são as “crianças”, que choram mas ninguém as ouve, que suplicam mas ninguém as socorre, que falam mas ninguém as percebe. São seres consideradas irresponsáveis, pequenos em altura e idade, vistas como seres que não pensam, não percebem e sem sentimentos. Que situação triste! Daí são aterrorizadas os solos da sua emoção como quem não é digno de respeito. Vale ainda realçar que as guerras causam traumas nas crianças, desenvolvem um espírito de guerra e não de ajuda ao próximo. Constrói uma personalidade com atitudes desumanas; Desenvolve indivíduos com perturbações de conduta, enfim.

Para fundamentar as ideias anteriormente ditas, poder-se-ia focalizar os resultados encontrados nas pesquisas realizadas pela Associação Reconstruindo a Esperança (1994-2002 e 2003-2007) e Instituto de Psicotraumatologia de Moçambique, com Ex-Crianças Soldados instrumentalizadas pelas forças beligerantes durante a guerra dos 16 anos (1976-1992), que teve lugar em Moçambique. Das investigações realizadas pela ARES e pelo IPM constataram-se nas crianças e jovens os seguintes distúrbios no domínio psicológico:
*      Socialização: crianças e jovens revelam distúrbios no processo de socialização, particularmente na interiorização de valores e normas sociais e éticos. Eframe Jr, (1996),cit in. Revista PSIQUE (2011:26), reporta ainda casos de delinquência infantil e juvenil, de desrespeito dos pais e outros adultos por parte de algumas crianças e jovens ex-soldados.
*      Personalidade: Falta de confiança nos adultos e em si próprios, falta de perspectiva do seu futuro e ou perspectiva pessimista do seu futuro, isolamento, depressões, resignação, altos índices de agressividade, perca de sensibilidade, regressão, introversão, fobias diversas, falta de mecanismos adequados para a resolução de conflitos, capacidade muito limitada de aceitar frustrações, sintomas neuróticos diversos, etc.
*      Capacidades cognitivas: As crianças apresentam distúrbios nas capacidades secundárias da inteligência, tais como concentração, memoria, flexibilidade intelectual.
*      Sistema vegetativo: Os sintomas mais frequentes diagnosticados são os seguintes: cansaço constante, tonturas, distúrbios de sono, dores de cabeça frequentes, dores de estômago e incontinência, Revista PSIQUE (2011:26).
Contudo, depois das várias atrocidades cometidas e dos distúrbios causados nas ex-crianças soldados, é de extrema importância invocar Marthin Luther King Jr. (1929-1968), para nos situar das suas belíssimas palavras: Se um homem não tem algo na qual morreria não merece viver. Esta é a grande questão que se coloca a todos e em especial aos estudantes. Será que vós têm algo na qual preferiria deixar a vossa vida por ela? Antes de responder a esta questão significa que “não merecem viver”, segundo o libertador dos negros americanos e do mundo, que sempre se preocupou pela igualdade e a não-violência (Marthin Luther King).

Entretanto, este é o desafio que se coloca à Educação especialmente as Universidades de formar estudantes cientistas, capazes de ver o mundo numa outra perspectiva. Indivíduos activos na arte de pensar. Que se preocupam com o mundo e não consigo mesmos. Indivíduos que fazem a diferença em várias perspectivas. Em suma, indivíduos revolucionários.
Portanto, a tolerância, reciprocidade e solidariedade, cooperação, força de vontade, autonomia e coerência, capacidade de se colocar no lugar do outro, de dialogar, de conversar são valores essenciais para se tecer a paz, (Ferreira et al, 2006: 3-4).


*Licenciando em Psicologia Educacional
2014

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Comportamentos Anti-Sociais e Desumanas


Custódio Sumbane
Afinal de contas o que é que diferencia o ser humano dos restantes animais? Uma das coisas é o facto de o homem ser racional e os animais serem irracionais. O homem consegue distinguir o certo do errado e o bem do mal. Sendo assim, será que no processo da tomada de decisão, já tentamos ser empáticos (nos colocarmos no lugar dos outros)? Já paramos para analisar as consequências que podem advir antes de pôr em prática as nossas acções? Será que temos utilizado e valorizado o ditado que diz “Não faça aos outros o que não gostaria de ser feito?” Será que já paramos para pensar que ninguém decide pela nossa vida, muito menos pela vida de outrem? Será que seguimos as ideias de Todo Poderoso (Deus), quando certa vez disse “A partir de agora viverás a custa do teu suor”? Será que já paramos para pensar na ideia de que todos temos direito à vida?
Estas inquietações, vão em especial aos que praticam actos desumanos, que agem sem pensar e ainda os que tem tendências a desenvolver atitudes social e juridicamente inadmissíveis (matar). Com isto, quero dizer que, antes de executar o crime ou qualquer que seja acto anti-social, responda primeiro as perguntas supracitadas que vão, de alguma forma, ajudar a encontrar um meio-termo para o seu problema.
Mais uma atitude desumana Trafego de Órgãos Humanos que aterroriza e aprisiona os “solos da minha alma” (a base da minha felicidade) em particular, depois do estuprador de 13 menores. Trata-se de três supostos jovens que espancam mortalmente um homem recorrente a uma arma branca (catana) e tiram os órgãos genitais e o centro das emoções (coração), com o propósito de fazer negócio na terra do RAND (vizinha África do Sul). Eles alegavam serem pobres e sem condições. Os órgãos genitais masculinos e o coração estavam na pasta embrulhados de plástico preto e encontrados em flagrante pela Polícia da República de Moçambique. Que situação triste!
Agora pergunto! Será que tirar a vida o outro seria a forma mais ideal para ganhar dinheiro? E para além desta via por que é que não podemos, se calhar usar as outras vias como polir carros nas avenidas, que os outros nossos irmãos fazem como meio alternativo para ganhar dinheiro? Embora seja proibido pelo município.
É mais preferível ser pescador, caçador, agricultor, guarda, jardineiro, fotógrafo, vendedor ambulante, polidor de carros e biscateiro do que ser sacrificador de outros seres humanos iguais a si. Veja que, cada um desses profissionais trazem consigo um peixe, uma mandioca e 1 kg de arroz como forma de garantir o bem-estar de si e da sua família, embora não seja algo tão fácil como parece.
Entretanto, as minhas palavras são de repúdio a essas atitudes e de apelo a todos os meus queridos irmãos, pais, tios, avôs, enfim, que praticam actos desumanos que, a violência neste caso (matar) não é a solução do problema (pobreza) mas, sim é preciso dialogo (trabalhar), independentemente do tipo de diálogo (serviço ou trabalho) para superar as dificuldades que enfrentamos no nosso dia-a-dia.

Licenciando em Psicologia

custodiosumbane@gmail.com
  
Maputo, 2014