Actuação do Psicólogo nas Instituições Educativas
*Custódio
Sumbane
Será que o Psicólogo é o “paracetamol para a dor de
cabeça”? A sociedade, no geral, olha para o Psicólogo como quem lida com
esquizofrénicos ou os vulgos malucos. Será?
No dia-a-dia temos nos deparado com tipologias
comportamentais que corrompem, de alguma forma, o território da nossa emoção e bloqueiam o curso normal das nossas actividades, tanto ao nível de
trabalho como educacional causando frustração, entre outras tipologias
comportamentais. Tipologias essas que causam desavenças ao nível das relações conjugais,
amizades, entre outras. Vivenciamos situações de raptos, ataques, estupros, desavenças
e conflitos diários com as nossas famílias, vizinhanças, até mesmo com a
sociedade no geral, que causam dores e traumas irreparáveis. No processo de ensino-aprendizagem,
vivencia-se situações de bullying
(violência no ambiente escolar), dificuldades de aprendizagem, hiperactividade e
défice de atenção, dificuldade de se relacionar ou de lidar com os outros, a timidez
na sala de aula, ansiedade, depressão, entre outros aspectos que colocam, de
algum modo, em risco a saúde mental e emocional do aluno. E, muitas vezes, não
se tem apercebido da justa-causa.
Neste caso, que estratégias poderiam
ser adoptadas para superar ou lidar com situações do género, visto que é do
ensino que o nosso futuro depende? Contudo, respondendo à questão supracitada
pode se dizer que os psicólogos não têm como único objectivo lidar com esquizofrénicos
ou indivíduos que se encontram desligados da realidade, pois parte-se do
pressuposto básico de que somos todos susceptíveis de neuroses, isto é, somos neuróticos,
diferentes em grau (uns com graus mais acentuados e outros menos). Apesar de
não estarmos desligados da realidade, carregamos connosco algumas tipologias
comportamentais que bloqueiam o curso normal dos nossos desejos e metas a
alcançar.
Portanto, o psicólogo na instituição educativa procura, primeiro, optimizar
e facilitar o processo de ensino-aprendizagem, trabalhando os aspectos cognitivos,
afectivo-emocionais, fisiológico, até sociais do aluno com a finalidade de
garantir uma estabilidade no percurso da sua vida
académica e dotá-lo de estratégias que possam auxiliá-lo nos momentos críticos
e da “prisão do território” da sua emoção. Faz acompanhamento e atendimento
psicológico em caso de alunos com comportamentos desviantes; cria um ambiente favorável ou estimulante para o
desenvolvimento normal da personalidade do aluno, da sua autonomia, da socialização, autoconceito e auto-estima. Procura, de algum modo, criar grupos coesos,
dinâmicos, solidários e com espírito de ajuda, ou seja, garante uma
estabilidade e entendimento no grupo de alunos, colegas, professores até dos funcionários da instituição.
Em proporção disso, na concepção de alguns autores do campo da Psicologia,
como Araujo et al, (2008) cit in. Freire et al, (2011:58), o Psicólogo nas instituições educativas ajuda
igualmente, na promoção de espaços de debates e
reflexões sobre temas como: Uso de estratégias para o desenvolvimento da
comunicação; Construção de um ambiente de confiança e respeito mútuo; Verificação
de ambiguidades e conflitos existentes nas relações e a construção de normas e
regras institucionais. O psicólogo pode colaborar e participar desse processo
de construção de regras no qual os alunos estão incluídos, dando suporte aos professores
e gestores na elaboração de regras que não estejam somente relacionadas ao
âmbito pedagógico, mas que estejam, também, voltadas para a organização e
fortalecimento das relações entre os alunos, professores e a escola-família. Nessa
perspectiva, o Psicólogo irá atingir directamente as questões relacionadas ao
fortalecimento de vínculos nas relações interpessoais, propiciando um espaço
para a elaboração de normas e regras na escola.
Pode,
igualmente, proporcionar ao professor estratégias que possam-lhe ajudar na
prevenção de conflitos e das
dificuldadess de aprendizagem no processo de ensino-aprendizagem. Não só os aspectos
anteriormente citados, mas também nas relações interpessoais, bullying, entre outros que podem
dificultar ou pertubar o exercício normal das actividades académicas. O
Psicólogo procura, de alguma forma, garantir um ambiente favorável entre os
alunos, aluno-professor, aluno-funcionário e vice-versa. Com isto, quer nos
fazer entender que ele ajuda na garantia da saúde e
equilibrio da comunidade escolar.
Ajuda, ainda, na
educação dos “solos” da nossa emoção, pois partimos do pressuposto básico de
que há psicólogos, psiquiatras, médicos, pedagogos, executivos, engenheiros,
geólogos, sociólogos, filósofos, escritores, cientistas, historiadores entre
outros, com alto nível académico e alguns com grau de moralidade bastante
elevado, isto é, que sabem distinguir o bem do mal e o certo do errado, mas que
não sabem educar os solos da sua emoção (ficam aprisionados nos becos da sua
memória e sem conseguir abrir as janelas da mesma para resgatar a sua
identidade). Isso acontece quando estão perante situações de frustração,
depressão, ansiedade, conflitos, apatia, entre outros. Não é uma tarefa fácil
educar o território da emoção, mas é possível dependendo da maturidade
emocional de cada indivíduo, da sua capacidade de controlo e de apoio de Psicólogos.
Sendo assim, o Psicológo
desempenha um papel extremamente importante nas instituições educativas, pois ele
garante a saúde mental, emocional, fisiológica e
social dos alunos, professores e funcionários da instituição, garantindo, desta forma,
uma tranquilidade na instituição.
Portanto, Araujo et al, (2008) cit in. Freire et al, (2011:58), volta a nos dar algumas pistas em termos do papel ou actuação do Psicólogo nas instituições educativas, advogando, desta vez, que “o Psicólogo é um profissional que realiza trabalhos de prevenção das tipologias comportamentais, ajudando a escola a construir espaços e relações mais saudáveis. Mas, para isso, é de capital importância que ele esteja inserido no ambiente da escola, participando do seu quotidiano para que possa ter uma actuação específica e mais voltada à realidade”
*custodiosumbane@gmail.com
2014
O Psicólogo nas Instituições Educativas desempenha um papel extremamente IMPORTANTE, pois todos os aspectos vivenciados na nossa vida inflenciam significativamente no nosso desempenho académico e na nossas relações interpessoais. Havendo assim, necessidade de ter um ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO. Há quem diga que não é necessário mas a literatura prova que ninguém é sufficientemente INTELIGENTE EMOCIONALMENTE para lidar de forma posetiva com todos os situações frustradores. Ou melhor, há Advogados, professores, médicos, enginheiros, enfim, com alto nivel de conhecimento e um nivel de moralidade extremamente elevado. Que sabem distinguir o bem do mal e o certo do errado mas não conseguem EDUCAR O SEU TERRITÓRIO EMOCIONAL, ou seja, a sua emoção. Contudo, para dizer que o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO devia devia adoptar politicas que pudessem garantir a presença doo Psicólogo Educacional nas instituições educativas, pois A APRENDIZAGEM ESTÁ DIRECTAMENTE LIGADA AO DESENVOLVIMENTO E O PSICÓLOGO PODE FLEXIBILIZAR ESTE PROCESSO.
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